O Calendário Mundial
Em 1954 o
Conselho Econômico e Social das Nações Unidas solicitou aos países membros que
fornecessem sugestões sobre a mudança do calendário que - já naquela época -
estava sendo considerado insatisfatório, arcaico e ultrapassado.
De fato,
nosso calendário com mais de 400 anos de uso - foi introduzido por Júlio César,
em 45 (leia mais sobre Calendários) e organizado pelo Papa Gregório
em 1582 - mostra-se inadequado e incompatível com o avanço da ciência,
precisando urgentemente ser modificado.
Muita
gente não percebe, mas o calendário em uso é aleijado. A começar pelo nome dos
meses, que originalmente eram 10 - daí setembro (7) outubro (8) novembro(9) e
dezembro (10) - que ficaram com seus nomes defasados ao serem incluídos mais
dois meses ao ano (julho e agosto – em homenagem a Julio Cesar e ao Imperador
Augustus).
Existem
sete espécies de mês de janeiro, 14 espécies de mês de fevereiro e sete
espécies de cada um dos outros meses. Os meses têm duração desigual, trimestres
variam de 90 a 92 dias e a segunda metade do ano é três dias mais longa que a
primeira.
A idéia
do Calendário Mundial, remonta ao ano de 1834, quando o abade italiano Marco
Mastrofini, batalhava em um quebra-cabeça de encaixar semanas, meses,
trimestres e semestres dentro de um ano de 365 dias, número que somente é
divisível por 5. De tanto estudar o problema, o abade encontrou uma solução
engenhosa: tirar o 365º dia de sua seqüência natural, tratá-lo como um dia
especial, sem nome de dia de semana e assim obter um ano com 364 dias, que se
divide de uma maneira igual em 52 semanas.
Os
primeiros meses de cada trimestre - janeiro, abril, julho e outubro - começam
em um domingo, tendo esses meses 5 domingos e 31 dias. Os outros meses têm 30
dias e 4 domingos. O ano termina com um 365º dia, que se segue a 30 de
dezembro, chamado DIA Mundial (W), sendo feriado mundial. O dia
adicional ao ano bissexto seria colocado depois do dia 30 de junho, a cada 4
anos, sendo igualmente feriado mundial. Todos os feriados, dias santos, folgas
e dias do mês sempre cairiam no mesmo dia da semana, todos os anos.
O
problema do dia mundial e do dia bissexto é que não teriam um número. A solução
proposta seria batizar esses dias com o número 00 ou 99. Assim,
depois de 30 de dezembro, o Dia Universal seria identificado como 00 de
dezembro ou 99 de dezembro e quando fosse bissexto seria
identificado como 00 de junho ou 99 de junho.
Assim, no
final do ano, depois do dia 30 de dezembro, um sábado, se seguiria um dia W,
feriado mundial, que não teria nome na semana. Depois dele é que seria Domingo,
dia 1 de janeiro. A mesma coisa ocorreria nos anos bissextos depois de 30 de
junho. Assim, quem não trabalha aos sábados, sempre teria três dias de folga nessas
datas. Já feriados brasileiros, como 7 de setembro, 12 de outubro e 2 de
novembro, sempre cairiam numa quinta feira.
O
calendário mundial é um achado de simplicidade e praticidade. No site
http://www.theworldcalendar.org/
são enumeradas as suas múltiplas vantagens, principalmente as de planejamento: todo ano começa em um domingo e acaba em um sábado. Ao se decorar um trimestre já se aprendeu todo o calendário. Todo trimestre possuiria 91 dias. O planejamento pode ser igual para todo ano. O efeito dos feriados será o mesmo em todos os anos. Facilitaria imensamente o planejamento público. Os calendários impressos seriam permanentes, não precisando ser trocados a cada ano. Assim poderiam ser de melhor qualidade. Enfim um calendário estável, descomplicado, equilibrado, ordenado e perpétuo.
são enumeradas as suas múltiplas vantagens, principalmente as de planejamento: todo ano começa em um domingo e acaba em um sábado. Ao se decorar um trimestre já se aprendeu todo o calendário. Todo trimestre possuiria 91 dias. O planejamento pode ser igual para todo ano. O efeito dos feriados será o mesmo em todos os anos. Facilitaria imensamente o planejamento público. Os calendários impressos seriam permanentes, não precisando ser trocados a cada ano. Assim poderiam ser de melhor qualidade. Enfim um calendário estável, descomplicado, equilibrado, ordenado e perpétuo.
Mas, se é
inegavelmente mais vantajoso que o calendário gregoriano (atual) por que ainda
não foi adotado? Simplesmente por resistência por parte de religiões, que
alegam mudanças em seus “dias sagrados”. Como sempre, o obscurantismo
atravancando o progresso.
Seria uma
boa ocasião, se fosse adotado, para que se mudassem os nomes dos dias da semana
em português. As tais de “feiras” são a tola herança da cretinice do cristianismo
português, que achava profano dar aos dias da semana os nomes dos deuses
romanos, do sol e da lua, como é feito na maioria dos países ocidentais: dia do
sol (domingo), dia da lua (segunda feira), dia de marte (terça feira), dia de
mercúrio (quarta feira), dia de Júpiter (quinta feira), dia de Venus (sexta
feira), dia de saturno (sábado). Os dias da semana em inglês também homenageiam
deuses da mitologia: dia do sol (Sunday), dia da lua (Monday), dia de Tyr
(Tuesday), dia de Woden (Wednesday), dia de Thor (Thursday), dia de Freyja
(Friday) e dia de saturno (Saturday). Tyr, Woden, Thor e Freyja são deuses da
mitologia nórdica e anglo-saxônica.
Veja como
ficaria o Calendário Mundial:
Essa
tabelinha poderia andar no bolso de quem ainda não tivesse decorado. O
calendário é perpétuo!
Calendário:
L
Valentin
01/01/2012
