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21 de ago. de 2014

O Desafio do Balde de Gelo - O lado Oculto

O Desafio do Balde  de Gelo
L Vallejo
20/08/2014


A ALS (Amyotrophic lateral sclerosis), no Brasil, ELA (esclerose lateral amiotrófica) é uma doença progressiva neuro-degenerativa que afeta as células nervosas no cérebro e da medula espinhal. Os neurônios motores saem do cérebro através da medula espinhal para os músculos em todo o corpo. A sua degeneração progressiva na ELA causa a sua morte. Quando eles morrem, o cérebro perde a capacidade de controlar e movimentar os músculos e isso, em um estado avançado da doença pode levar a uma paralisia total e depois à morte.

Os primeiros músculos afetados são os dos pés e pernas. Geralmente o primeiro sintoma é a pessoa tropeçar em nada. Ou seja,  sofre um desequilíbrio como se tivesse tropeçado em algo, mas o solo está liso. O que aconteceu foi uma falha no controle da pisada causada pela ELA.  A princípio os tropeções são raros, mas depois, à medida que a doença progride e os neurônios vão morrendo, eles se intensificam. Nessa hora o paciente procura o médico para saber a causa e tem a notícia fatal: Está com ELA.

Depois dos pés, a paralisia sobe, atingindo as pernas e daí para cima, até que incapacita totalmente o paciente. Paralisado na cama, consciente de tudo, a vítima aguarda a morte lenta, que chega  com a paralisia respiratória.  O prognóstico é de 2 anos de vida depois do primeiro tropeção. Mas depois de um ano a pessoa já está paralisada na cama e nunca mais se levantará. Até agora não existe cura.

Pesquisei para escrever isso? Agora não, e sim há alguns anos, pois tive um cunhado que morreu devido a ELA.  Você pode saber mais no site:
https://www.tudosobreela.com.br/home/index.asp

Veja que não há remédio para isso. É uma sentença de morte inexorável. E somente se pode lutar contra a ELA fazendo-se pesquisas maciças para descobrir um meio de contê-la, se isso for possível. Então é aqui que entramos no campo das doações e essa esperteza de se lucrar e se tornar milionário à custa do sofrimento alheio.

Essa história de banho de balde de gelo foi o chamariz para atrair a atenção dos tolos infantilizados pela TV que abrem o bolso apenas porque uma “celebridade” (odeio essa classe) faz uma doação, não do dinheiro que compõe seu orçamento, não por benemerência verdadeira, mas por uma fingida, com seu dinheiro perdido. Sim, meu caro leitor coração mole irracional, perdido, pois essa quantia iria ser comida pelo Leão do imposto de renda. Ou seja, o doador  sabe que perdeu e, para atenuar o prejuízo, escolhe perder para algo que lhe trará alguma vantagem, no caso, publicidade feita gratuitamente pela mídia. E doa.

Mas até aqui tudo bem, se quem recolhesse as doações aplicasse o grosso do apurado na pesquisa. Mas não. Veja o site da ALSA, a empresa “não lucrativa” que controla as doações nos Estados Unidos.
http://www.alsa.org/about-us/financial-information.html


O que chama atenção é que a empresa recebeu US$ 29.102.318,00  (US$ 26.204.122,00 no balanço) mas apenas disponibiliza 27% para a pesquisa e 19% para “pacientes e serviços à comunidade”, ou seja, não se sabe o que realmente significa aplicar o dinheiro em “pacientes”  ou na “comunidade”. Então 54% desse bolo, ou seja, 14 milhões de dólares ficam na mão da diretoria, que segundo eles, gastam 14%  em “levantar fundos”, 32% em “educação pública e profissional”, seja lá o que signifiquem esses títulos e 7% em administração.
 

Quem garante que os administradores não se apossam de parte dos fundos destinados às outras rubricas?
Continuando a navegar no site vemos que a administração “nacional” conta com 6 pessoas. Os diretores acionistas são 21, mais um certo Rancho Mirage, Califórnia, que é perpétuo. Existe ainda um quadro de diretoria composto por 3 membros.  O conselho diretor possui mais 14 membros
As empresas “doadoras” são centenas e podem ser conferidas aqui:
http://www.alsa.org/about-us/sponsors-partners/

Uma rápida olhada na lista e encontramos AT&T, Sanofi-Aventis, Pfizer, Bank of America, Bristol Meyers, JP Morgan, Microsoft, entre outras.

Agora veja os sites brasileiros: nenhum deles presta contas sobre as doações. Legal, né?

Resumo da ópera:
•    É melhor fazer isso do que nada fazer? Sim.
•    Poderia ser feito mais? Sim, se mais da metade da aplicação do dinheiro não fosse para a área burocrática.  
•    Estarão eles contribuindo para a cura da doença?  Ninguém sabe
•    Tem muita a gente e empresas mamando nas tetas da ALSA?  Certamente que sim.
•    Mais da metade do dinheiro doado por você vai para os bolsos dos integrantes da diretoria da  ALSA e não para a “cura” da doença?  Tudo indica que sim
•    Você se sente bem ao saber que sua doação é desviada para sustentar espertos que ganham a vida com a aflição alheia?  Você responde.

Assim, se você ainda insiste em “doar”, em “caridade”, procure fazer onde você possa controlar. Jamais doe para empresas, TV Globo com sua esperta “criança esperança”, igrejas, pastores, bispos, apóstolos e similares. Doe comida, agasalhos; doe para hospitais, Stas Casas, Sanatórios, Pro Matre, para aquela família que está passando fome e mora ao lado de sua casa. Não doe para empresas gigantes, como a TV Globo, essa ALSA, onde os maiores oligarcas mundiais, como os herdeiros de JP Morgan, Bill Gates, os Rockfeller, Zuckerberg entre outros, metem a sua colher. Nelas você jamais saberá onde foi parar seu dinheiro.  Não trabalhe para que terceiros venham usufruir de seu dinheiro chorado. Abra o olho, parceiro!
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Adendo: 30/08/2014

A Fundação ALS admite que aplica na pesquisa e cura da doença menos que 27%. Até o momento arrecadou 95 milhões de dólares, dos quais, 67 milhões vão para os bolsos da Fundação. Lembrar sempre que, se a cura for descoberta, acabam-se as doações.
Que grande negócio: isento das incertezas do mercado, não vende nada, não produz nada, não paga impostos, chova ou faça sol, o dinheirinho cai do céu, limpinho, limpinho. Ninguém precisa se preocupar em produzir, em dar resultados, em ser eficiente, o dinheiro está no cofre. A única preocupação é saber como gastar. Ei, você, vem cá no canto e responda bem baixinho: Se você fosse um diretor dessa fundação, pondo a mão nessa grana dessa maneira, diz prá mim: Você estaria mesmo preocupado em achar a cura dessa doença? Ou ......?


http://www.infowars.com/ice-bucket-challenge-als-foundation-admits-less-than-27-of-donations-fund-research-cures/