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25 de mar. de 2017

O Deus de Israel realmente cuidou de seu povo?

O  Deus dos Exércitos

L Vallejo
Primavera- 2008
Esse é um dos títulos do deus que é o patrono da Bíblia, tanto dos judeus quanto dos cristãos.  O antigo testamento é o nome que estes dão ao livro dos primeiros. Quais são suas diferenças?
A Bíblia hoje usada é baseada em textos massoréticos, obra dos eruditos judeus (denominados massoretas) que se encarregaram de copiar e transmitir, com "fidelidade", a Bíblia. Estes sábios trabalharam desde os primeiros séculos da Era Cristã até a Idade Média. A Bíblia hebraica padrão, utilizada atualmente, é reprodução de um texto massorético escrito em 1.088 dc.

Existem ainda os manuscritos do mar morto, descobertos em 1.947, que foram escritos entre 200 ac (quando os hebreus estavam na Babilônia como escravos) e 100 dc e que são tidos como anexos da Bíblia. Os cristãos usam a versão grega  denominada Septuaginta (em grego, ‘setenta’) porque a lenda afirma que a Torá foi traduzida, no século III d.C. (ano 200) , por 70 (ou 72) tradutores.


Para os judeus o ano cristão de 2017 equivale ao ano 5777. Portanto podemos considerar que pelo menos, a sua história começa  há quase 5700 anos.  Ou seja, aproximadamente 3700 anos antes de Cristo.  Como não existe nenhuma  comprovação para tais datas, vamos supor que a história dos judeus tenha se iniciado em 2000 antes de cristo, que é a época que os próprios judeus acreditam que viveu seu patriarca fundador, Abraão.

Antes de continuar, alguns, depois de ler o que se segue,  já me perguntaram: “Mas, você é contra Israel? Por que esse ataque?” Deixo claro aqui que apoio Israel e estou convicto que sua religião  e respeito às tradições foram os fatores que propiciaram  a amalgamação do povo e sua sobrevivência com sucesso até os dias de hoje.  E não se trata de ataque. Tratam-se de fatos que não podem ser negados e meu direito de não acreditar nas histórias contidas na Bíblia.

A história de Israel como nação livre desabona completamente qualquer deus que se preze.  Veja, por exemplo, o holocausto moderno, quando o “deus dos exércitos”  permitiu que cerca de meia dezena de milhões de seu “povo escolhido”  fossem exterminados pelos nazistas. Ou a  diáspora  que aconteceu no século 1 dc, quando os judeus perderam sua terra, a “terra da promissão” tanto decantada na Bíblia. Vale a pena lembrar aqui tais fatos.

Os romanos tinham dominado o Oriente Médio e a Judeia estava sob seu controle. Em 66 dc, os judeus se rebelam contra o domínio romano e derrotam o general romano Césio Galo, que vindo da Síria, atacou a Judeia com cerca de 40 mil soldados. O imperador Nero envia então Tito Flávio Vespasiano, seu maior  general, para subjugar os revoltosos. Vespasiano toma a Galileia e sabendo que havia estourado nova guerra civil na Judeia, lá se aquartela, esperando que os judeus se enfraquecessem.



Em 68 dc, morre Nero e depois de várias rebeliões em Roma, é aclamado imperador o próprio Vespasiano. Este manda seu filho Tito, retomar a Judeia, o qual em 70 dc, cerca Jerusalém e ordena sua rendição. Os judeus resistem. Em julho, toma a Torre de Antonio; em agosto, o Templo e em 7 de setembro de 70, a cidade Alta, conquistando assim toda a cidade. Imediatamente ordena que seja arrasada, o que foi feito. Jerusalém foi destruída e não ficou pedra sobre pedra. Segundo o historiador judeu Josefo, morreram mais de um milhão de judeus. Dos sobreviventes, 100 mil foram escravizados e colocados a trabalhar nas minas egípcias. O restante foi levado a Roma para serem mortos nos anfiteatros.

Os romanos continuaram em sua “limpeza” resolvidos a varrer do mapa os habitantes da Judeia. Em 73, finalmente conseguiram tomar a fortaleza de Masada, onde os judeus que lá estavam resolveram suicidar-se a cair nas mãos dos romanos. Milhões de judeus fugiram para as diversas partes do mundo, deixando a Judeia. O imperador Vespasiano decretou o fim da religião dos judeus. Tito continuou com a perseguição que recrudesceu quando seu irmão, Domiciano tornou-se imperador.  Os judeus que tinham fugido para Roma foram perseguidos violentamente.

Em 98, assume o trono o imperador Trajano. Em 116, os judeus reúnem-se e se rebelam, em todas as partes da Judeia. O imperador reagiu mandando a fúria das legiões contra os rebelados, que mais uma vez foram massacrados.

Em 131,  no final do reinado do imperador Adriano, um homem chamado Bar Cocheba (Bar Kokhba – Filho das Estrelas), que se dizia o messias, apareceu em Jerusalém e foi aclamado como libertador pelos judeus. Inicialmente, Cocheba formou um exército e conseguiu várias vitórias. Isso enfureceu tanto os romanos, que iniciaram então uma guerra de extermínio definitivo contra os judeus. O poderio romano abateu-se sobre a região de tal forma que suas conseqüências foram sentidas até na Idade Moderna.

Roma iniciou uma campanha para banir e eliminar os judeus da região de Canaã. O termo Judeia foi banido. A área tomou o nome de Síria Palestina. Os judeus foram proibidos, sob pena de morte, a entrarem em Jerusalém ou próximo a ela. A cidade foi reconstruída para ser um centro romano, e tomou o nome de Colônia Ælia Capitolina. Os judeus dispersaram-se (diáspora) pelo mundo, indo habitar regiões que estavam fora do domínio romano: extremo Oriente, o território onde hoje é a Rússia e o norte da Europa. Foi o fim de Israel, que somente em 1.950, conseguiu novamente tornar-se nação independente. Quase 2 mil anos sem pátria, sem nação.

O deus todo poderoso dos judeus realmente não passa de um fracassado, podendo notar-se isso pela  cronologia e fatos históricos. Celsus, em seu livro “Discurso contra os Cristãos” pergunta: “Que deus é esse que conduz seu povo a um lugar inóspito no deserto e o deixa ali para ser escravizado por quase toda sua existência?

Para se comprovar isso, basta notar que os judeus passaram escravizados o maior tempo de sua história, Veja o quadro:

Marcado em vermelho estão as épocas em que os judeus estiveram independentes. Como nação, descontando-se 300 anos de passagem pelo deserto, fica-se apenas com 887 anos de nação livre. Então do total de 4000 anos de existência 3.113 anos foram passados como escravos. Quase 80%. Repetindo Celsus: “Que Deus é esse?” (Cálculos baseados no ano 2000 de nossa era)

Essa é a realidade dos fatos, que se fosse corretamente divulgada, seria uma pedra no sapato dos mercenários da fé, que hoje crescem pelo planeta arrancando dinheiro dos fieis ignorantes em nome de um falido “deus dos exércitos”.

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