aviso texto

AVISO: ESTE BLOG POSSUI TEXTOS LONGOS    -----     AVISO: ESTE BLOG POSSUI TEXTOS LONGOS   -----   AVISO: ESTE BLOG POSSUI TEXTOS LONGOS    -----    

15 de dez. de 2017

star trek s3e4

De vez em quando, vida inteligente

A franquia inicial  "Star Trek" (Jornada nas Estrelas] iniciou-se em 1966, teve 3 temporadas e terminou em 1969, quase sem sucesso algum junto ao grande público, mas com uma grande audiência cativa de um segmento, principalmente de jovens,

A Paramount depois do cancelamento, para tentar recuperar o prejuízo dado pelas 3 temporadas colocou a série em sindicação, ou seja, distribuiu em todo território americano para estações independentes que não tinham rede. No final dos anos 1970, a série tinha se transformado em "cult", um sucesso com uma legião de fãs jovens em todo país

Quando assisti alguns capítulos no final da década de 1960, também me tornei fã, levado pela pouca idade e pela inovação espetacular apresentada diante das produções brasileiras. Anos depois, com mais idade, mais conhecimentos e experiência, ao rever os episódios fiquei decepcionado.

Não cabe aqui uma análise completa dessa produção, mas basta dizer que o esquema utilizado na grande maioria dos capítulos era o de tensão-relaxamento, ou seja, num tempo de 45 minutos, gastava-se 43 mostrando os heróis passando por perigosas dificuldades, estranhas, fantásticas e complicadíssimas, fazendo com que o espectador ficasse ansioso para ver como essa situação seria resolvida. Isso era mostrado, geralmente nos dois últimos minutos, com soluções ridículas, destrambelhadas, rápidas, simplórias e principalmente, agressivas à inteligência de quem estava ali esperando algo saído da ficção, é certo, mas coerente  e aceitável, dentro dos padrões do episódio.
Neste final de ano assisti novamente as três temporadas completas e, sinceramente, elas não valem a energia elétrica que gastei para baixá-las pela internet. São simplesmente ridículas.

Na década de 1980 a franquia continuou com "The Next Generation".  Os produtores seguiram no mesmo esquema, agora sabendo que os espectadores estavam mais apatetados do que nunca e abusaram nas incoerências.

Porém toda regra tem exceção. Hoje se podem encontrar resenhas de várias pessoas mostrando os 10 melhores episódios dessa série. Nas quatro resenhas que vi, todas continham o episódio que trago agora, que refuto, de longe, o melhor da série.

Primeiramente, pela produção. O capítulo tem início, meio e fim, lógicos, bem demarcados e perfeitamente plausíveis para a ficção apresentada.

Segundo, pelo tema e seu desenvolvimento. Perfeitos. Se você assiste um filme de super heróis,  não vai ser obrigado a fazer nenhum exercício mental. Enquanto vê as fantasias e alegorias de superpoderes impossíveis  (não é ficção)  simplesmente se diverte visualmente, com seu cérebro em letargia. Não há ganho de espécie nenhuma.
Neste capítulo, ao contrário, a cada segmento, você se pega pensando, raciocinando. Há ganho de processamento cerebral, você aprende algo. Raríssimo na TV e cinema atuais.

Terceiro: pela trilha sonora adequada e bem feita

Existem no youtube várias versões desse episódio, alguns com a versão brasileira daquele jeito que sabemos: uma merda. Outros legendados por pessoas que pensam que sabem inglês: merda pior.

Diante disso, fui obrigado  traduzir e legendar (com fidelidade ao original) e publicar no blog.  Garanto que  vale a pena ver e pensar sobre o assunto.


Star Trek - The Next Generation - Temporada 3 - Episódio 4 (1989)

Who Watches the Watchers
 

MAIS:
Star Trek A Nova Geração - Uma droga
------------------------------
Porta Aberta para a Zoofilia
Quem traduz os títulos dos filmes?

Na Trilha do Zorro
------------------------------------

6 de nov. de 2017

Para descontrair: Como conheci Peach Melba

Peach Melba 

Estamos no meio da década de 1960. Talvez em 1965 ou 1966. Eu estava com mais de 15 anos e somente estudava à noite. Passava o dia inteiro estudando, lendo e cumprindo tarefas em casa, como cuidar da horta e do galinheiro.

Os ganhos de meu pai como professor do ensino médio eram suficientes para o sustento da família, mas de uma forma espartana, tudo gerenciado por minha mãe, uma mestra em economia e no milagre de fazer o dinheiro render.

Isso tinha várias consequências: não tínhamos automóvel e cada filho tinha apenas 3 pares de calçados que deveriam durar todo o ano: um para a missa e ocasiões especiais, outro para o dia a dia e um par de tênis chamado na época de quedis, (cujo modelo copiando o All Star era fabricado pela Germade) para as aulas de educação física. Detalhe: ninguém usava tênis fora da escola.

Outra consequência era ninguém ter mesada. O dinheiro não dava para isso. O máximo que se conseguia era dinheiro para a entrada do cinema, na matinê aos sábados. Se a entrada custava, por exemplo, 2 reais, meu pai dava 2,50 (claro que não me lembro qual era o valor verdadeiro).
A padaria ficava onde hoje é a loja Singer
Partindo para o cinema a pé,  o troco era economizado para se comprar algo extra, como uma coca-cola na bar da esquina ou uma revista em quadrinhos (que meu pai rasgava, se a encontrasse)

Em minhas andanças, descobri no centro da cidade uma padaria que tinha sido inaugurada recentemente. Seu nome era “Padaria Guaíra”. Além  de ser nova,  apresentava um balcão com bancos giratórios onde se poderia sentar e comer um lanche ou um dos maravilhosos sorvetes da Kibon, anunciados por grandes e belas fotos de sorvetes que decoravam a parede atrás do balcão.

As fotos eram enormes e eu, meio bicho do mato, ficava babando só de vê-las quando passava pela calçada. Aqui é preciso entender que era raríssimo entre nós (na minha casa) tomar um sorvete. Isso era um luxo que talvez meu pai se permitia uma ou duas vezes por ano. Geralmente tínhamos essas regalias no Natal e na Páscoa, datas em que ele fazia questão de comemorar com fartura.

Daí que, muitas vezes eu entrava nesta padaria, sem dinheiro no bolso, e perguntava o preço de algum tipo de pão, só para olhar as fotos de sorvete de perto. Havia uma de Banana Split, outra de uma taça com três bolas coloridas, duas de milk shake, uma de sundae e uma de peach melba.
Outro detalhe é que em cada foto vinha o nome e o preço sugerido. Depois de decorar as fotos, tomei uma decisão: iria comprar o tal de peach melba, que era o mais caro e parecia o mais gostoso. Lógico que não me lembro do preço, mas sei que valia mais que quatro entradas no cinema. Isso porque esse era o único dinheiro que ganhava e fazia as referências por ele.

Desse modo resolvi que não podia deixar de ir ao cinema, mas poderia economizar e guardar os centavos até ter o valor necessário. Assim fiz e colocava toda moeda que aparecia em uma lata de salsicha, escondida no sótão, onde meus irmãos não tinham acesso.

Explicando: a entrada do sótão era no teto da área de serviço e precisava de uma escada para subir até ela. Havia uma mesa por perto e eu subia na mesa e dela me alçava até o buraco. Eu era um atleta....Isso os moleques não conseguiam fazer e nem estavam dispostos a trazer uma escada até ali. Outro detalhe: eu somente subia lá quando tinha certeza que ninguém estava vendo.

Assim, depois de alguns meses, acho que quase um ano, pois de vez em quando era obrigado a gastar um pouco das economias, por fim estava com mais do que a quantia necessária para gastar com o sorvete.



Planejei a ação. Depois do cinema no sábado, passaria na padaria, me sentaria em um dos bancos giratórios do balcão, conferiria o preço e mandaria saltar um belo peach melba. Mas não poderia ser um sábado qualquer. A condição principal seria a padaria estar com poucos clientes. Eu era tímido e envergonhado e temia ser alvo de chacotas das pessoas – principalmente de jovens -  caso algo saísse errado.
Então, depois do cinema, passava devagar diante da padaria olhando para dentro. Se tivesse muita gente eu não entrava. O pior é que sempre tinha gente. Assim passaram-se os sábados, até que chegou o dia em que somente havia três pessoas lá dentro, todos velhos. Decididamente entrei e fui até o balcão e sentei-me.

Logo apareceu uma mocinha e perguntou o que eu queria.
- Quero um peach melba – disse eu tentando aparentar naturalidade
- O quê? – respondeu ela sem entender
- Um sorvete – expliquei
- Qual ? – tornou a perguntar ela
- Aquele ali – disse eu, apontando para a foto do peach melba
A moça se virou e olhou para a foto demoradamente, como se nunca a tivesse visto. E se voltou para mim:
- Espere um pouco – disse, enquanto sumia pelos fundos da loja
Após alguns instantes retornou e informou:
- Esse aí tá em falta
- Quero então uma banana Split – disse eu, já apontando para a foto em questão.
A moça olhou novamente para a foto e sumiu de novo para os fundos da loja, sem dizer uma palavra. Voltou bem rápido
- Olha aqui, moço. O gerente mandou dizer para você não pedir nada que está nos cartazes, pois aqui ninguém sabe como fazer nenhum deles. Só dá para vender sorvete na casquinha e isso é tudo.


Sentindo-me o maior idiota do mundo, olhei para os lados e percebi aliviado que ninguém estava testemunhando esse mico. Para disfarçar  perguntei quais os sabores que tinha, pedi uma casquinha com sorvete de coco, paguei e saí dali apressado.

Andando de volta para casa, comendo o sorvete com raiva, estava cada vez mais aborrecido, pois achava que cada pessoa que cruzava comigo na rua estava rindo de mim. Nesse dia comecei aprender uma lição sobre como as coisas funcionam no Brasil, e nunca mais entrei na tal padaria.
=============================
 

A história

Peach Melba é uma sobremesa afamada em hotéis de luxo, principalmente na Europa. Foi  criada por um chef francês Auguste Scoffier em homenagem a sua amiga, a cantora de ópera Nellie Melba, no início dos anos 1900, quando ele era chef do Hotel Savoy em Londres.
O interessante é que o verdadeiro nome de Nellie Melba era Helen Porter Mitchell, nascida em Melbourne, Austrália. Seu nome artístico deriva de “Nellie” apelido de infância e “Melba” devido a Melbourne.
https://toriavey.com/toris-kitchen/opera-escoffier-and-peaches-the-story-behind-the-peach-melba/


--------------------------------------------------------------------------------

A receita original para 6 pessoas

6 pêssegos maduros
Açúcar refinado
12 bolas de sorvete de baunilha ou creme
1 xícara de suco fresco de framboesa ou amora
1 xícara de açúcar de confeiteiro
1 colher de sopa de sumo de limão

Colocar o pêssego inteiro em água fervente por 20 segundos. Retirar e colocá-lo em um recipiente de água com cubos de gelo, por cerca de 10 segundos.

(Observação 1: quando o pêssego maduro for muito duro, cozinhá-lo em água fervente até que fique macio)

Retirar a pele do pêssego cortá-lo pela metade e retirar o caroço. Fazer isso com os seis pêssegos, um por um.

Com os pêssegos prontos, mergulhá-los em uma tigela com água gelada e o sumo do limão por cerca de 10 minutos. Após esse tempo, retirar os pêssegos, secá-los com papel toalha colocá-los em um prato e passar açúcar refinado em todas as suas partes. Depois colocar na geladeira em recipiente tampado por cerca de uma hora.

(Observação 2: no Brasil é costume usar pêssegos em calda em lata. Nesse caso, pular as instruções acima)

Colocar as framboesas ou amoras em um liquidificador e bater bem. Passar o produto por uma peneira fina, apertando com uma colher para que passe o máximo de suco. Descartar o bagaço que ficar na peneira. Adicionar aos poucos o açúcar de confeiteiro ao suco, mexendo bem, até que todo o açúcar tenha sido incorporado. Levar à geladeira em recipiente tampado por cerca de uma hora.

Montagem. Um uma taça colocar duas bolas de sorvete. Em cima de cada bola, colocar uma metade do pêssego açucarado. Dividir  suco pelas seis taças, despejando sobre os pêssegos e o sorvete. Servir imediatamente.
==============================================

22 de out. de 2017

A Polêmica sobre Santos Dumont

Santos Dumont
O primeiro brasileiro grande vigarista  internacional

As pessoas notam que neste blog não existe propaganda e os comentários não estão liberados.  As razões são simples: não quero propaganda, pois vão aparecer anúncios que muitas vezes contrariam a opinião do texto postado. 

Já o que me levou a bloquear os comentários é que as pessoas, em sua maioria, quando não concordam com o que leram, se viciaram na internet a postarem poucas palavras geralmente atacando quem escreveu ou discordando da ideia, quando não ofendem e ameaçam. Por exemplo, no post sobre Brizola, (http://cloneclock.blogspot.com.br/2015/12/a-honestidade-de-luto.html) recebi uma mensagem em que a pessoa dizia que “se me encontrasse –  até me ”convidava” a ir a sua cidade - quebraria minha cara com tanta porrada que eu precisaria fazer uma plástica no rosto.
Acontece que as pessoas possuem suas crenças adquiridas sem estudo que, quando contrariadas, provocam uma reação violenta, podendo ser expressa até com ofensas. Sua característica é não serem capazes de defender suas crenças com um arrazoado lógico ou provando que o que leram está errado.

Portanto, quem quer opinar tem que escrever para o email que disponibilizo no blog.

Por isso recebo pouquíssimas mensagens - ninguém quer se dar ao trabalho de escrever – quase todas elogiando. De vez em quando aparece algo que mereça ser postado  e agora é este o caso, não pela importância do conteúdo, mas pelo exemplo de ataque gratuito de um elemento psicótico que se recusa a discutir um assunto racionalmente.

Esse sujeito disse que o que publiquei sobre Santos Dumont – sem ler o livro – era mentira e partiu para ofensas pessoais, insinuando ou abertamente. Pedi para PROVAR  que o texto e o livro eram mentiras, coisa que ele não foi capaz e continuou escrever ofendendo, demonstrado   fanatismo, desequilíbrio emocional e conhecimentos rasos.

Publico trechos de suas duas cartas, o link  para o site americano onde ele escreveu a mesma lenga-lenga  e deixo de publicar sua terceira carta que é redundante nas ofensas e em repetir o que já foi dito nas duas outras, além de não apresentar provas de que tudo aqui é “fake”.

No final reservo um espaço em que terei o prazer de postar tais provas, quando ele consegui-las e me enviar.

Esta é a primeira carta recebida onde grifo as ofensas pessoais

Em 2017-06-25 - 20:50, ████ escreveu:
Caro Sr. L. Valentin (ou L Vallejo)(?), Li um pouco de suas obras no "cloneclock.blogspot". Percebi como é fácil produzir fraudes e factóides de todo tipo e espécie! Basta encontrar algum ponto de discórdia sobre qualquer assunto e desenvolver o tema ad infinitum. (...) Mas tem algo que me irrita profundamente. Certas pessoas tem uma capacidade desagregadora e iconoclasta tão desenvolvida e abrangente que estes a consideram assim como seus leais seguidores uma virtude. Foi um grupo de pessoas notáveis, dotadas destas mesmas virtudes ou "talentos", que produziram uma grande e "talentosa" mentira de que alguém em 17 de Dezembro de 1903 teria voado por meios próprios, com um dispositivo não aerostático (avião) em Kitty Hawk, Carolina do Norte, EUA. (...)  Afinal de contas, o espírito jaboticaba (sic) do brasileirinho gabiru aceita tudo que a autodestruição midiática impõe: "ah, no Brasil é assim, mesmo. Não tem jeito. É tudo vagabundo. Nada presta", e por aí vai... (...) No entanto, apesar de todo esse "miseenscéne", Alberto SantosDumont continua com o status de pioneiro da aviação, comprovado por inúmeras evidências jornalísticas (francesas, não brasileiras) como tendo sido o primeiro a voar em um aeródino. (...) Mas seus feitos aeronáuticos ocorreram e só podem ser negados pelos talentosos desagregadores falaciosos. Sugiro que tais "virtudes" sejam agregadas ao seu currículo em "Ver meu perfil completo", e, acrescentando: sua formação em "história" (sic) pode ser autodidática, mas sua capacidade em falácia histriônica é de mestre...

Minha resposta apontando os ataques pessoais e pedindo provas de que o que está escrito é mentira

Em 25 de jun de 2017 19:10, "Valentin Luis" escreveu:
Prezado Sr. ████ Trata se de Luis Valentin Vallejo.
Nota-se  que o senhor somente leu o texto do post e não se deu ao trabalho de ler o livro. São dois anos de pesquisas, traduções e coleta de dados sobre o assunto. Não são falácias; são verdades comprovadas por documentação da época. Nada foi inventado por mim. Meu trabalho foi apenas coletar, organizar e traduzir dados que todos desconhecem, inclusive o senhor.                                                                           Falácia é o trecho do seu último parágrafo que o sr. repete como um papagaio amestrado, sem ter estudado o assunto.
Antes de me atacar pessoalmente utilizando a falácia "ad hominem" (ataque ao homem e não às ideias), vá estudar (pode começar pelo livro que está no link do post) e ataque meus argumentos, não minha pessoa.                                       Veja que ao levar a discussão por esse lado, já que o senhor não me conhece, eu poderia lhe devolver o "histrião" com uma série bem melhorada de epítetos que me passaram a mente para catalogar sua pessoa, seu "espírito elevado" e seus conhecimentos "abalizados" não se sabe bem em quê. Mas não vou descer a isso e estragar um debate em alto nível.
E por favor, não me venha com a falácia da autoridade. (...) Emblemático é a carta que um oficial da aeronáutica do brasil escreveu em inglês em um site americano sobre os irmãos Wright. Uma defesa fundamentada em propaganda governamental brasileira aprendida em sua academia militar. Para quem conhece a verdade, uma ficção fantasiosa. Fiquei com vergonha ao ler aquilo. O sujeito passando para si um atestado de bestalhão, um verdadeiro "histriônico" aos olhos dos americanos.
No caso de Santos Dumont isso não vai ser possível, pois nada acrescentei, nada escrevi que não fosse documentado e atestado. Prove que a profusão de artigos do New York Times é mentira. Os links estão lá, em inglês. Prove que tudo que está contido nos links da bibliografia é falso. Tenha esse trabalho. Vá pesquisar. Leia o capítulo em que os Wright conquistaram a França. Descubra isso, que tenho a certeza que o sr não sabe; e PROVE que foi uma mentira da propaganda americana. Diga que as encomendas de aviões feitas pelos governos europeus aos Wrights na cara de um Santos Dumont desmoralizado foram falsas.  Tente isso, antes de tudo.
 (...)  Fico então aqui, aguardando seus comentários sobre o livro, com a mente aberta. Leia cada capítulo e me apresente as evidências que conseguir obter provando que o que está ali contido é "fake" garimpado na internet. Prove-me, que me retrato no próprio livro em posterior edição.
O link para o site em inglês é este:
http://www.wright-brothers.org/History_Wing/History_of_the_Airplane/Who_Was_First/Santos_Dumont/Santos_Dumont.htm
Sem conseguir provar nada, ignorando meu pedido de provas e continuando na linha de ofensas, o desequilibrado missivista diz acreditar que escritos em outras línguas não são confiáveis.

Em 2017-06-26
04:14, ████ escreveu: Certamente que, hoje, li apenas o texto do seu post!  (...) Se seus livros referenciados são "argumentos" que precisem ser traduzidos do inglês ou francês certamente não são confiáveis! Não confio nesses livros, (...) Nunca fui oficial da aeronáutica e de qualquer outra arma, portanto nunca frequentei qualquer academia militar. No entanto sou piloto civil e estudioso da área há 40 anos (superior aos seus dois anos de pesquisa), o que me fornece uma compreensão técnica que o Sr. não possui, e mesmo que comece agora, não vai me alcançar. Meus argumentos ao site citado foram recebidos por pessoas respeitáveis, como ficou claro na página da contra argumentação (...) O fato é que eles foram doutrinados pelas escolas e governo dos EUA (coisa até compreensível), mas o Sr. pelos livros que eles editaram. Triste nisso é o Sr. se considerar um "pesquisador" e, ao mesmo tempo, comprar a ideia falaciosa from north of border tão facilmente e por um preço tão caro...
A pessoa aqui cai em uma contradição. Em vermelho na primeira carta ele diz que a prova de que Dumont voou veio de jornais franceses. Nesta segunda carta diz que argumentos que precisem ser traduzidos não são confiáveis.
Como disse antes, somente estou perdendo tempo com este cidadão para mostrar aos leitores que esse tipo de pessoa existe e até.... fala (ou escreve)!

Eis minha resposta:
Em 26 de junho de 2017 11:29, Valentin Luis escreveu:
Sr. ████
Não vou continuar essa discussão que se tornou ilógica e caricata quando o Sr. confessa que está criticando algo que não leu e não sabe o conteúdo. O livro está em PDF no link é grátis pode baixar. Não preciso verificar meus argumentos só porque o Sr. os acha errado sem ter tomado conhecimento deles. O sr. sim, ao investir contra eles é a quem cabe o ônus da prova. Repito: prove que o que está escrito lá é mentira. Apresente as provas. Se eu estiver errado, faço o reconhecimento. (...) 
Parece que o sr. não entendeu o que escrevi. Não o conheço e não sou obrigado a saber sua qualificação. Fiz uma suposição que a pessoa que tinha escrito aquela deplorável carta ao site americano, envergonhando o Brasil diante da comunidade científica internacional, que nem sequer atina com a possibilidade de Dumont ter inventado algo (isso mesmo sr. ████, lá fora seu caro "inventor" é objeto de simples curiosidade)  ao assinar como “capt.” fosse oficial da aeronáutica. Agora sei que o sr. é piloto civil. Errei na qualificação, mas acertei na doutrinação.
Eu não sei operar uma aeronave, portanto não vou, nem quero discutir esse assunto com quem sabe. (...) Se o sr tem mais de 40 anos de pilotagem eu tenho mais de 40 anos de estudo de história. Assim como não sei pilotar, fica evidente que o sr nada sabe de verídico sobre história, ficando apenas com os conhecimentos "jaboticabas" difundidos por ufanistas "gabirus".
Por meus cálculos o sr. deve estar na casa dos 56 anos, portanto com fortes possibilidades de ser exemplo vivo do ditado que "burro velho não pega marcha". Ou seja, fica difícil depois de mais de meio século de vida, reconhecer que em seu cabedal de conhecimentos há crenças erradas. E nenhuma influência externa será capaz de fazer com que mude de ideia ou reconheça erros. Caso fique quieto com elas, tudo bem. Caso venha a atacar pessoalmente quem é contra suas crenças - e tem provas disso  - vai receber a atenção devida, simplesmente para rebater o ataque e não com o intuito de mudar suas ideias, pois isso para mim é irrelevante e inútil. Pense como quiser, mas recolha-se à sua limitada insignificância, pelo menos na área histórica da invenção da aviação.
(...)No caso de Dumont é o Brasil contra o mundo e o senhor somente ouviu falar de Brasil e pelo que parece não quer tomar conhecimento do que existe lá fora. Finalizando, espantado com sua declaração insana de que "Se seus livros referenciados são ‘argumentos’ que precisem ser traduzidos do inglês ou francês certamente não são confiáveis", o que nos direciona a pensar que o sr somente acredita naquilo que é escrito originariamente em português; pensamento totalmente desequilibrado e inconsistente, peço o especial favor de me escrever somente para apresentar provas que estou errado, que estes textos traduzidos do inglês e francês são falácias e que outros livros em línguas estrangeiras também não são confiáveis. Passe bem

Esse post já está grande, então, se ficar um pouco maior não fará diferença. Vamos pois, a mais um pouco de informação. O rabugento piloto,  tão bom em soltar uma cascata de ofensas pessoais, diz que sua fonte são jornais franceses. Entremos nesse campo para analisar duas ou três publicações de 1908 (o link da Biblioteca do Senado Americano tem mais de 1000 recortes), ano em que os Wright foram aclamados  na França.

https://www.loc.gov/collections/wilbur-and-orville-wright-papers/?sp=24



Jornal  “Le Figaro” 
9 de agosto de 1908


“A Conquista do Ar”Primeiro teste do aeroplano dos Wright (veja o vídeo abaixo) 
Ontem, sábado 8 de agosto no Hipódromo de Hunaudieres, em Mans, diante de uma plateia de desportistas e jornalistas, impacientes, céticos, ansiosos e depois entusiasmados, Wilbur Wright pilotou sua máquina voadora que tinha sido muito comentada mas ninguém jamais a tinha visto, para efetuar , em um primeiro e único teste, um voo magnífico de cerca de 2 mil metros em 1min 46seg.
Essa façanha não foi um sucesso, mas sim um triunfo. Assim que o grande pássaro branco, obediente à mão de quem o controlava, pousou graciosamente a um ponto cerca de 20 metros de onde decolara, o entusiasmo da assistência que tinha acompanhado tudo com uma emoção crescente – a mesma que contagia todos em um  grande espetáculo, no caso do homem e sua máquina em um voo soberbo – se tornou um frenesi.(...)Imediatamente, obedecendo às manobras de seu piloto, o aeroplano sobe, estável, harmonioso, soberbo, a uma altura de 15 metros. Então por duas vezes, sem qualquer falha, num desempenho de incomparável correção, executa a volta ao hipódromo, para então pousar suavemente, um verdadeiro pássaro, a 20 metros de onde decolara.(...)É verdade que esta não foi a primeira vez que o homem deixou o solo em uma máquina mais pesada que o ar, mas a experiência de ontem restabelece a verdade histórica e repara uma injustiça. Até aqui se atribuía à Santos Dumont – que continua com o mérito – a honra do primeiro voo, em um teste que fez em setembro de 1906 no campo de Bagatelle em Paris.Ora, os primeiros voos dos irmãos Wright datam de 1901 (...) que apesar de confirmados por uma testemunha, cuja competência e o caráter já seriam garantia suficientes, o sr. Chanute, um mestre da aviação, professor em Chicago, eles não conseguiram nada mais que incredulidade na Europa e até mesmo nos Estados Unidos. São tratados como vigaristas e classificados como “blefadores”, enquanto se esforçam nas negociações para a venda de seus aparelhos, tanto no novo como no velho mundo, a preços elevados(...)Em 1905 os franceses tentaram negociar a compra de  aparelhos dos Wright e conseguiram um contrato de opção assinado pelos srs. Forydice, Henri Letellier e Desouches. (...) O governo francês então entrou no jogo e o ministro da Guerra Sr. Etienne envia uma missão para a América, oferecendo aos Wright 600 mil francos por sua invenção desde que executasse um voo de 50 km a 300 metros de altura. Os Wright recusaram.(...) Em abril de 1908 o Sr. Lazare Weiller, um famoso industrial francês, entrou em negociações com os Wright, oferecendo a eles 500 mil francos pelo avião, se, até o final daquele ano, eles voassem 50 km em linha reta, com duas pessoas a bordo.O teste de ontem mostrou que o aeroplano dos Wright vai satisfazer tal condição. (...) Seu aparelho possui um motor de quatro cilindros, 27 HP e pesa com duas pessoas, 550 kg.(...) Quem diria que eles foram chamados de “blefadores”!Franz Reichel
===============================

Paris Journal
5 de setembro de 1908


Onde nasceu a aviação?Na França.Os irmãos Voisin defendem a causa do gênio nacionalSem querer diminuir em nada o mérito dos aviadores de Daytona, nós nos permitimos chamar a sua atenção que a aviação francesa não nasceu unicamente de suas experiências e se criticamos alguns detalhes em seus testes, raros, é porque o gênio francês colaborou com eles em grande parte.A história do voo mecânico começa, na realidade, com as pesquisas de Mouillard e Penaud. (...) Ader obteve do governo francês a subvenção necessária à suas pesquisas e construiu uma nova máquina  chamada “Avion” que foi testada em 1898 no campo de Svoy onde voou por 200 metros (...) Essa vitória, a primeira da aviação, é uma vitória francesa (...)A aviação nasceu na França, foi na França que Chanute, o grande precursor dos Wright, adquiriu  os elementos deste admirável aparelho com o qual os Wright aprenderam a voar.Foi na França que Ader realizou o primeiro voo mecênico e ainda é na França onde está o cérebro do movimento científico atual, de forma indiscutível. (...)A aviação é uma descoberta francesa (...) O primeiro pássaro mecânico que conseguiu sair do solo foi de concepção e construção francesas.(...)Nós defendemos os Wright depois de suas experiências. Mas, declaramos também que a aviação francesa ainda é vitoriosa, e é a nós, franceses, e somente a nós, que, diante da história,  deve pertencer a glória de ter criado o primeiro aeroplano que pode voar,Gabril e Charles Voisin

E não é que esqueceram do Brasil e de Santos Dumont?
Como disse, são mais de mil recortes de jornais no link acima da Biblioteca do Congresso Americano. Vá lá para conferir como Santos Dumont passou a ser visto depois de 1908, quando os Wright conquistaram o mundo com seu aparelho.

Para não deixar a ocasião passar, o vídeo abaixo é explicativo sobre a farsa de Dumont.
14_bis from L Valentin on Vimeo.
-------------------------------------------------------------------------------------------
O espaço abaixo está reservado às provas que o Sr. ████ conseguir. Vamos aguardar.



==============================================
Link:

16 de set. de 2017

Na Trilha do Zorro

Na Trilha do Zorro

L. Vallejo
Na década de 1960 a TV brasileira apresentou o seriado de Walt Disney “Zorro”, fato que aconteceu em todas as grandes cidades do mundo. Entrando na década de 1970 a série cumpriu uma missão de encantar milhões de crianças e jovens no planeta e marcou indelevelmente até três gerações com uma mensagem de arte  e moral sadias.

Infelizmente a cobiça de Walt Disney teve como resultado o cancelamento da série no ano de 1959 com apenas duas temporadas apresentadas.

Em 1992 os Estúdios Disney colorizaram essas duas temporadas que abrangem 78 capítulos de cerca de 25 minutos cada de duração.

A versão brasileira existente tem falhas na dublagem  e não há formas de repará-la. Mesmo gravando nova versão, não se terá jamais a qualidade e o talento dos dubladores que já desapareceram. E como prova disso, os filmes feitos  sobre o Zorro, jamais alcançarão o sucesso e a atmosfera contagiante de se ver a atuação irrepreensível e inigualável de um Guy Williams (Zorro), Gene Sheldon (Bernardo) ou Henry Calvin (Sgt. Garcia)

Preocupado em resgatar esse acervo, em três anos de trabalho consegui reunir todos os 86 episódios do Zorro de Disney, masterizá-los na melhor qualidade possível, traduzir e legendar todos os capítulos em que isso foi necessário, inclusive a maioria das músicas cantadas neles, material que não existe nem no mercado nem com particulares.

Disney em 1961 juntou os oito capítulos que tinham sido gravados para abrir uma provável terceira temporada e fez quatro episódios de 50 minutos cada. Baseado nessa ideia, editei todos os capítulos juntando vários capítulos (em média 4) em cada DVD. Esse trabalho resultou em 20 DVDs com a coleção completa (86 episódios com cerca de 25 minutos cada). 


A distribuição no mercado foi assim:
1ª Temporada -   39 capítulos de cerca de 25 minutos cada - colorizados
2ª Temporada -   39 capítulos de cerca de 25 minutos cada - colorizados
"3ª" Temporada - 4 capítulos de cerca de 50 minutos cada - preto e branco

No mercado existem versões, TODAS com falhas e legendas grosseiramente traduzidas, o que não acontece aqui, pois houve o cuidado de se fazer, pelos menos, uma tradução decente e uma edição preservando totalmente os originais.

Note-se que não sou produtor de vídeo,  esse meu trabalho foi por puro diletantismo, para minha própria satisfação e não pretendia comerciá-lo. Porém quem o viu não conseguiu deixar de querer uma cópia e devido ao sucesso entre amigos estou disponibilizando para venda, sem fins lucrativos, apenas por um valor que cobre os custos materiais de produção e envio, mas não o custo intelectual envolvido nela.

Os DVDs não possuem caixa, nem rótulos. Lembrem-se: não sou produtor de mídia. Mas, como brinde envio o 21º  DVD, “Na Trilha do Zorro” com quase duas horas de duração, contando a história  do Zorro de Disney e a história da vida de Guy Williams, que jamais foi exposta ao público dessa maneira, com as verdades que Disney e sua família tentam esconder.

Vejam os screenshots dessa edição.










Veja aqui o disco 21, com a história de Zorro e de Guy Williams

 https://cloneclock.blogspot.com/2018/09/o-zorro-de-disney.html

Se alguém estiver interessado, entre contato pelo o email:

   lsvltn@gmail.com

==============================================
Links consultados e para referência:

http://www.imdb.com/title/tt0050079/episodes?ref_=tt_ep_epl
https://www.genordell.com/stores/western/zorro.htm#hist
http://www.zorrolegend.com/
https://www.zorro.com/
http://ponderosascenery.homestead.com/files/castbios/will.html
http://www.neatorama.com/2011/06/23/17-facts-you-might-not-know-about-bonanza/
http://boards.straightdope.com/sdmb/archive/index.php/t-549556.html
https://books.google.com.br/books?id=zHxkDAAAQBAJ&dq=guy+williams+peron&hl=pt-BR&source=gbs_navlinks_s
http://www.imdb.com/name/nm0930713/?ref_=tt_cl_t1
http://website.fabpage.com/zorrothefox/
http://www.uncleodiescollectibles.com/html_lib/guy-williams/00009.html
http://website.fabpage.com/zorrothefox/will.html
https://moreseriesinweb.blogspot.com.br/2016/08/a-marca-do-zorro.html?
https://www.youtube.com/playlist?list=PLvHIdIaG-9g7wIRgTa3w9NMshHTsFkGsR
https://www.youtube.com/watch?v=kTWyFMU7NIE&index=2&list=PLXZjPriKj31bItdHt0JL2OWqJ9BmObw3C
https://www.youtube.com/watch?v=Fc9n6dlc0MI&list=PLXZjPriKj31aIDLxbwFIkXlhTtEp64bz3
https://www.youtube.com/watch?v=K6MSpURrFlA&list=PLXZjPriKj31Z6hZ2xO4uudtuykF0Piz2r&index=2
https://www.youtube.com/watch?v=ROxw82mn4yQ
https://www.youtube.com/watch?v=vNpYd-LuRzg
https://www.youtube.com/user/dondiego57130/videos
https://www.youtube.com/watch?v=x_vCKm9Awkk&list=PL576383D37E0583E1&index=2
https://www.youtube.com/watch?v=x_vCKm9Awkk
https://www.youtube.com/watch?v=wAJkQl_c6mU&index=4&list=PL576383D37E0583E1
https://www.youtube.com/playlist?list=PLDADB95A66E64FE59
https://www.youtube.com/user/psychpineapple/videos
https://www.pagina12.com.ar/2001/suple/Radar/01-12/01-12-09/NOTA1.HTM#111
http://rodyrodriguez.blogspot.com.br/2009/06/el-hombre-que-cambio-hollywod-por.html
https://www.youtube.com/watch?v=cKludhxEoJ0
http://www.zorro08.webs.com/
http://www.celebhost.net/guywilliams/guy.html
http://www.uncleodiescollectibles.com/html_lib/guy-williams/00003.html
http://www.billcotter.com/zorro/guy_williams_obit.htm
http://www.guywilliams.net/images.htm
http://www.whitefoxdomain.com/index.htm
http://www.fotolog.com/guywilliams/mosaic/
http://www.lanacion.com.ar/1603370-las-confesiones-de-araceli-lizaso-la-mujer-argentina-de-el-zorro
https://lostoldos.diariotiempodigital.com/-61750
https://www.diariodecuyo.com.ar/espectaculos/Aracelli-Lisazo.-Era-un-hombre-hermoso-20161231-0001.html
https://www.pagina12.com.ar/1999/99-05/99-05-07/pag25.htm
http://www.guywilliams.net/bio.htm
https://marinacasado.com/2014/11/13/el-olvidado-guy-williams/
http://www.conclusion.com.ar/2017/01/guy-williams-el-inmortal-zorro/
http://www.ciudad.com.ar/espectaculos/mirtha-legrand-revelo-triste-final-guy-williams-protagonista-zorro-murio-aca_85647
https://alchetron.com/Guy-Williams-(actor)-769510-W
http://kpolsson.com/disnehis/disn1933.htm
http://www.billcotter.com/zorro/history-of-series.htm
http://studioservices.go.com/disneystudios/history.html
http://www.guywilliams.net/index.htm
http://www.disneyhistoryinstitute.com/2012/03/zorro-days-at-disneyland-video.html
https://www.youtube.com/watch?v=jmAcNJ2gM1U
https://www.youtube.com/watch?v=6FKtj_8mqus
https://www.youtube.com/watch?v=fvI_1Sf-Pjg
https://www.youtube.com/watch?v=M5wlK_SNB5E
https://www.youtube.com/watch?v=9YWik-eJtBY&t=15s
https://www.youtube.com/watch?v=WDwMCdNQMHI&t=123s
https://www.youtube.com/watch?v=wixMZJgMoPo

================================================================

25 de mar. de 2017

O Deus de Israel realmente cuidou de seu povo?

O  Deus dos Exércitos

L Vallejo
Primavera- 2008
Esse é um dos títulos do deus que é o patrono da Bíblia, tanto dos judeus quanto dos cristãos.  O antigo testamento é o nome que estes dão ao livro dos primeiros. Quais são suas diferenças?
A Bíblia hoje usada é baseada em textos massoréticos, obra dos eruditos judeus (denominados massoretas) que se encarregaram de copiar e transmitir, com "fidelidade", a Bíblia. Estes sábios trabalharam desde os primeiros séculos da Era Cristã até a Idade Média. A Bíblia hebraica padrão, utilizada atualmente, é reprodução de um texto massorético escrito em 1.088 dc.

Existem ainda os manuscritos do mar morto, descobertos em 1.947, que foram escritos entre 200 ac (quando os hebreus estavam na Babilônia como escravos) e 100 dc e que são tidos como anexos da Bíblia. Os cristãos usam a versão grega  denominada Septuaginta (em grego, ‘setenta’) porque a lenda afirma que a Torá foi traduzida, no século III d.C. (ano 200) , por 70 (ou 72) tradutores.


Para os judeus o ano cristão de 2017 equivale ao ano 5777. Portanto podemos considerar que pelo menos, a sua história começa  há quase 5700 anos.  Ou seja, aproximadamente 3700 anos antes de Cristo.  Como não existe nenhuma  comprovação para tais datas, vamos supor que a história dos judeus tenha se iniciado em 2000 antes de cristo, que é a época que os próprios judeus acreditam que viveu seu patriarca fundador, Abraão.

Antes de continuar, alguns, depois de ler o que se segue,  já me perguntaram: “Mas, você é contra Israel? Por que esse ataque?” Deixo claro aqui que apoio Israel e estou convicto que sua religião  e respeito às tradições foram os fatores que propiciaram  a amalgamação do povo e sua sobrevivência com sucesso até os dias de hoje.  E não se trata de ataque. Tratam-se de fatos que não podem ser negados e meu direito de não acreditar nas histórias contidas na Bíblia.

A história de Israel como nação livre desabona completamente qualquer deus que se preze.  Veja, por exemplo, o holocausto moderno, quando o “deus dos exércitos”  permitiu que cerca de meia dezena de milhões de seu “povo escolhido”  fossem exterminados pelos nazistas. Ou a  diáspora  que aconteceu no século 1 dc, quando os judeus perderam sua terra, a “terra da promissão” tanto decantada na Bíblia. Vale a pena lembrar aqui tais fatos.

Os romanos tinham dominado o Oriente Médio e a Judeia estava sob seu controle. Em 66 dc, os judeus se rebelam contra o domínio romano e derrotam o general romano Césio Galo, que vindo da Síria, atacou a Judeia com cerca de 40 mil soldados. O imperador Nero envia então Tito Flávio Vespasiano, seu maior  general, para subjugar os revoltosos. Vespasiano toma a Galileia e sabendo que havia estourado nova guerra civil na Judeia, lá se aquartela, esperando que os judeus se enfraquecessem.



Em 68 dc, morre Nero e depois de várias rebeliões em Roma, é aclamado imperador o próprio Vespasiano. Este manda seu filho Tito, retomar a Judeia, o qual em 70 dc, cerca Jerusalém e ordena sua rendição. Os judeus resistem. Em julho, toma a Torre de Antonio; em agosto, o Templo e em 7 de setembro de 70, a cidade Alta, conquistando assim toda a cidade. Imediatamente ordena que seja arrasada, o que foi feito. Jerusalém foi destruída e não ficou pedra sobre pedra. Segundo o historiador judeu Josefo, morreram mais de um milhão de judeus. Dos sobreviventes, 100 mil foram escravizados e colocados a trabalhar nas minas egípcias. O restante foi levado a Roma para serem mortos nos anfiteatros.

Os romanos continuaram em sua “limpeza” resolvidos a varrer do mapa os habitantes da Judeia. Em 73, finalmente conseguiram tomar a fortaleza de Masada, onde os judeus que lá estavam resolveram suicidar-se a cair nas mãos dos romanos. Milhões de judeus fugiram para as diversas partes do mundo, deixando a Judeia. O imperador Vespasiano decretou o fim da religião dos judeus. Tito continuou com a perseguição que recrudesceu quando seu irmão, Domiciano tornou-se imperador.  Os judeus que tinham fugido para Roma foram perseguidos violentamente.

Em 98, assume o trono o imperador Trajano. Em 116, os judeus reúnem-se e se rebelam, em todas as partes da Judeia. O imperador reagiu mandando a fúria das legiões contra os rebelados, que mais uma vez foram massacrados.

Em 131,  no final do reinado do imperador Adriano, um homem chamado Bar Cocheba (Bar Kokhba – Filho das Estrelas), que se dizia o messias, apareceu em Jerusalém e foi aclamado como libertador pelos judeus. Inicialmente, Cocheba formou um exército e conseguiu várias vitórias. Isso enfureceu tanto os romanos, que iniciaram então uma guerra de extermínio definitivo contra os judeus. O poderio romano abateu-se sobre a região de tal forma que suas conseqüências foram sentidas até na Idade Moderna.

Roma iniciou uma campanha para banir e eliminar os judeus da região de Canaã. O termo Judeia foi banido. A área tomou o nome de Síria Palestina. Os judeus foram proibidos, sob pena de morte, a entrarem em Jerusalém ou próximo a ela. A cidade foi reconstruída para ser um centro romano, e tomou o nome de Colônia Ælia Capitolina. Os judeus dispersaram-se (diáspora) pelo mundo, indo habitar regiões que estavam fora do domínio romano: extremo Oriente, o território onde hoje é a Rússia e o norte da Europa. Foi o fim de Israel, que somente em 1.950, conseguiu novamente tornar-se nação independente. Quase 2 mil anos sem pátria, sem nação.

O deus todo poderoso dos judeus realmente não passa de um fracassado, podendo notar-se isso pela  cronologia e fatos históricos. Celsus, em seu livro “Discurso contra os Cristãos” pergunta: “Que deus é esse que conduz seu povo a um lugar inóspito no deserto e o deixa ali para ser escravizado por quase toda sua existência?

Para se comprovar isso, basta notar que os judeus passaram escravizados o maior tempo de sua história, Veja o quadro:

Marcado em vermelho estão as épocas em que os judeus estiveram independentes. Como nação, descontando-se 300 anos de passagem pelo deserto, fica-se apenas com 887 anos de nação livre. Então do total de 4000 anos de existência 3.113 anos foram passados como escravos. Quase 80%. Repetindo Celsus: “Que Deus é esse?” (Cálculos baseados no ano 2000 de nossa era)

Essa é a realidade dos fatos, que se fosse corretamente divulgada, seria uma pedra no sapato dos mercenários da fé, que hoje crescem pelo planeta arrancando dinheiro dos fieis ignorantes em nome de um falido “deus dos exércitos”.

=======================