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22 de out. de 2017

A Polêmica sobre Santos Dumont

Santos Dumont
O primeiro brasileiro grande vigarista  internacional

As pessoas notam que neste blog não existe propaganda e os comentários não estão liberados.  As razões são simples: não quero propaganda, pois vão aparecer anúncios que muitas vezes contrariam a opinião do texto postado. 

Já o que me levou a bloquear os comentários é que as pessoas, em sua maioria, quando não concordam com o que leram, se viciaram na internet a postarem poucas palavras geralmente atacando quem escreveu ou discordando da ideia, quando não ofendem e ameaçam. Por exemplo, no post sobre Brizola, (http://cloneclock.blogspot.com.br/2015/12/a-honestidade-de-luto.html) recebi uma mensagem em que a pessoa dizia que “se me encontrasse –  até me ”convidava” a ir a sua cidade - quebraria minha cara com tanta porrada que eu precisaria fazer uma plástica no rosto.
Acontece que as pessoas possuem suas crenças adquiridas sem estudo que, quando contrariadas, provocam uma reação violenta, podendo ser expressa até com ofensas. Sua característica é não serem capazes de defender suas crenças com um arrazoado lógico ou provando que o que leram está errado.

Portanto, quem quer opinar tem que escrever para o email que disponibilizo no blog.

Por isso recebo pouquíssimas mensagens - ninguém quer se dar ao trabalho de escrever – quase todas elogiando. De vez em quando aparece algo que mereça ser postado  e agora é este o caso, não pela importância do conteúdo, mas pelo exemplo de ataque gratuito de um elemento psicótico que se recusa a discutir um assunto racionalmente.

Esse sujeito disse que o que publiquei sobre Santos Dumont – sem ler o livro – era mentira e partiu para ofensas pessoais, insinuando ou abertamente. Pedi para PROVAR  que o texto e o livro eram mentiras, coisa que ele não foi capaz e continuou escrever ofendendo, demonstrado   fanatismo, desequilíbrio emocional e conhecimentos rasos.

Publico trechos de suas duas cartas, o link  para o site americano onde ele escreveu a mesma lenga-lenga  e deixo de publicar sua terceira carta que é redundante nas ofensas e em repetir o que já foi dito nas duas outras, além de não apresentar provas de que tudo aqui é “fake”.

No final reservo um espaço em que terei o prazer de postar tais provas, quando ele consegui-las e me enviar.

Esta é a primeira carta recebida onde grifo as ofensas pessoais

Em 2017-06-25 - 20:50, ████ escreveu:
Caro Sr. L. Valentin (ou L Vallejo)(?), Li um pouco de suas obras no "cloneclock.blogspot". Percebi como é fácil produzir fraudes e factóides de todo tipo e espécie! Basta encontrar algum ponto de discórdia sobre qualquer assunto e desenvolver o tema ad infinitum. (...) Mas tem algo que me irrita profundamente. Certas pessoas tem uma capacidade desagregadora e iconoclasta tão desenvolvida e abrangente que estes a consideram assim como seus leais seguidores uma virtude. Foi um grupo de pessoas notáveis, dotadas destas mesmas virtudes ou "talentos", que produziram uma grande e "talentosa" mentira de que alguém em 17 de Dezembro de 1903 teria voado por meios próprios, com um dispositivo não aerostático (avião) em Kitty Hawk, Carolina do Norte, EUA. (...)  Afinal de contas, o espírito jaboticaba (sic) do brasileirinho gabiru aceita tudo que a autodestruição midiática impõe: "ah, no Brasil é assim, mesmo. Não tem jeito. É tudo vagabundo. Nada presta", e por aí vai... (...) No entanto, apesar de todo esse "miseenscéne", Alberto SantosDumont continua com o status de pioneiro da aviação, comprovado por inúmeras evidências jornalísticas (francesas, não brasileiras) como tendo sido o primeiro a voar em um aeródino. (...) Mas seus feitos aeronáuticos ocorreram e só podem ser negados pelos talentosos desagregadores falaciosos. Sugiro que tais "virtudes" sejam agregadas ao seu currículo em "Ver meu perfil completo", e, acrescentando: sua formação em "história" (sic) pode ser autodidática, mas sua capacidade em falácia histriônica é de mestre...

Minha resposta apontando os ataques pessoais e pedindo provas de que o que está escrito é mentira

Em 25 de jun de 2017 19:10, "Valentin Luis" escreveu:
Prezado Sr. ████ Trata se de Luis Valentin Vallejo.
Nota-se  que o senhor somente leu o texto do post e não se deu ao trabalho de ler o livro. São dois anos de pesquisas, traduções e coleta de dados sobre o assunto. Não são falácias; são verdades comprovadas por documentação da época. Nada foi inventado por mim. Meu trabalho foi apenas coletar, organizar e traduzir dados que todos desconhecem, inclusive o senhor.                                                                           Falácia é o trecho do seu último parágrafo que o sr. repete como um papagaio amestrado, sem ter estudado o assunto.
Antes de me atacar pessoalmente utilizando a falácia "ad hominem" (ataque ao homem e não às ideias), vá estudar (pode começar pelo livro que está no link do post) e ataque meus argumentos, não minha pessoa.                                       Veja que ao levar a discussão por esse lado, já que o senhor não me conhece, eu poderia lhe devolver o "histrião" com uma série bem melhorada de epítetos que me passaram a mente para catalogar sua pessoa, seu "espírito elevado" e seus conhecimentos "abalizados" não se sabe bem em quê. Mas não vou descer a isso e estragar um debate em alto nível.
E por favor, não me venha com a falácia da autoridade. (...) Emblemático é a carta que um oficial da aeronáutica do brasil escreveu em inglês em um site americano sobre os irmãos Wright. Uma defesa fundamentada em propaganda governamental brasileira aprendida em sua academia militar. Para quem conhece a verdade, uma ficção fantasiosa. Fiquei com vergonha ao ler aquilo. O sujeito passando para si um atestado de bestalhão, um verdadeiro "histriônico" aos olhos dos americanos.
No caso de Santos Dumont isso não vai ser possível, pois nada acrescentei, nada escrevi que não fosse documentado e atestado. Prove que a profusão de artigos do New York Times é mentira. Os links estão lá, em inglês. Prove que tudo que está contido nos links da bibliografia é falso. Tenha esse trabalho. Vá pesquisar. Leia o capítulo em que os Wright conquistaram a França. Descubra isso, que tenho a certeza que o sr não sabe; e PROVE que foi uma mentira da propaganda americana. Diga que as encomendas de aviões feitas pelos governos europeus aos Wrights na cara de um Santos Dumont desmoralizado foram falsas.  Tente isso, antes de tudo.
 (...)  Fico então aqui, aguardando seus comentários sobre o livro, com a mente aberta. Leia cada capítulo e me apresente as evidências que conseguir obter provando que o que está ali contido é "fake" garimpado na internet. Prove-me, que me retrato no próprio livro em posterior edição.
O link para o site em inglês é este:
http://www.wright-brothers.org/History_Wing/History_of_the_Airplane/Who_Was_First/Santos_Dumont/Santos_Dumont.htm
Sem conseguir provar nada, ignorando meu pedido de provas e continuando na linha de ofensas, o desequilibrado missivista diz acreditar que escritos em outras línguas não são confiáveis.

Em 2017-06-26
04:14, ████ escreveu: Certamente que, hoje, li apenas o texto do seu post!  (...) Se seus livros referenciados são "argumentos" que precisem ser traduzidos do inglês ou francês certamente não são confiáveis! Não confio nesses livros, (...) Nunca fui oficial da aeronáutica e de qualquer outra arma, portanto nunca frequentei qualquer academia militar. No entanto sou piloto civil e estudioso da área há 40 anos (superior aos seus dois anos de pesquisa), o que me fornece uma compreensão técnica que o Sr. não possui, e mesmo que comece agora, não vai me alcançar. Meus argumentos ao site citado foram recebidos por pessoas respeitáveis, como ficou claro na página da contra argumentação (...) O fato é que eles foram doutrinados pelas escolas e governo dos EUA (coisa até compreensível), mas o Sr. pelos livros que eles editaram. Triste nisso é o Sr. se considerar um "pesquisador" e, ao mesmo tempo, comprar a ideia falaciosa from north of border tão facilmente e por um preço tão caro...
A pessoa aqui cai em uma contradição. Em vermelho na primeira carta ele diz que a prova de que Dumont voou veio de jornais franceses. Nesta segunda carta diz que argumentos que precisem ser traduzidos não são confiáveis.
Como disse antes, somente estou perdendo tempo com este cidadão para mostrar aos leitores que esse tipo de pessoa existe e até.... fala (ou escreve)!

Eis minha resposta:
Em 26 de junho de 2017 11:29, Valentin Luis escreveu:
Sr. ████
Não vou continuar essa discussão que se tornou ilógica e caricata quando o Sr. confessa que está criticando algo que não leu e não sabe o conteúdo. O livro está em PDF no link é grátis pode baixar. Não preciso verificar meus argumentos só porque o Sr. os acha errado sem ter tomado conhecimento deles. O sr. sim, ao investir contra eles é a quem cabe o ônus da prova. Repito: prove que o que está escrito lá é mentira. Apresente as provas. Se eu estiver errado, faço o reconhecimento. (...) 
Parece que o sr. não entendeu o que escrevi. Não o conheço e não sou obrigado a saber sua qualificação. Fiz uma suposição que a pessoa que tinha escrito aquela deplorável carta ao site americano, envergonhando o Brasil diante da comunidade científica internacional, que nem sequer atina com a possibilidade de Dumont ter inventado algo (isso mesmo sr. ████, lá fora seu caro "inventor" é objeto de simples curiosidade)  ao assinar como “capt.” fosse oficial da aeronáutica. Agora sei que o sr. é piloto civil. Errei na qualificação, mas acertei na doutrinação.
Eu não sei operar uma aeronave, portanto não vou, nem quero discutir esse assunto com quem sabe. (...) Se o sr tem mais de 40 anos de pilotagem eu tenho mais de 40 anos de estudo de história. Assim como não sei pilotar, fica evidente que o sr nada sabe de verídico sobre história, ficando apenas com os conhecimentos "jaboticabas" difundidos por ufanistas "gabirus".
Por meus cálculos o sr. deve estar na casa dos 56 anos, portanto com fortes possibilidades de ser exemplo vivo do ditado que "burro velho não pega marcha". Ou seja, fica difícil depois de mais de meio século de vida, reconhecer que em seu cabedal de conhecimentos há crenças erradas. E nenhuma influência externa será capaz de fazer com que mude de ideia ou reconheça erros. Caso fique quieto com elas, tudo bem. Caso venha a atacar pessoalmente quem é contra suas crenças - e tem provas disso  - vai receber a atenção devida, simplesmente para rebater o ataque e não com o intuito de mudar suas ideias, pois isso para mim é irrelevante e inútil. Pense como quiser, mas recolha-se à sua limitada insignificância, pelo menos na área histórica da invenção da aviação.
(...)No caso de Dumont é o Brasil contra o mundo e o senhor somente ouviu falar de Brasil e pelo que parece não quer tomar conhecimento do que existe lá fora. Finalizando, espantado com sua declaração insana de que "Se seus livros referenciados são ‘argumentos’ que precisem ser traduzidos do inglês ou francês certamente não são confiáveis", o que nos direciona a pensar que o sr somente acredita naquilo que é escrito originariamente em português; pensamento totalmente desequilibrado e inconsistente, peço o especial favor de me escrever somente para apresentar provas que estou errado, que estes textos traduzidos do inglês e francês são falácias e que outros livros em línguas estrangeiras também não são confiáveis. Passe bem

Esse post já está grande, então, se ficar um pouco maior não fará diferença. Vamos pois, a mais um pouco de informação. O rabugento piloto,  tão bom em soltar uma cascata de ofensas pessoais, diz que sua fonte são jornais franceses. Entremos nesse campo para analisar duas ou três publicações de 1908 (o link da Biblioteca do Senado Americano tem mais de 1000 recortes), ano em que os Wright foram aclamados  na França.

https://www.loc.gov/collections/wilbur-and-orville-wright-papers/?sp=24



Jornal  “Le Figaro” 
9 de agosto de 1908


“A Conquista do Ar”Primeiro teste do aeroplano dos Wright (veja o vídeo abaixo) 
Ontem, sábado 8 de agosto no Hipódromo de Hunaudieres, em Mans, diante de uma plateia de desportistas e jornalistas, impacientes, céticos, ansiosos e depois entusiasmados, Wilbur Wright pilotou sua máquina voadora que tinha sido muito comentada mas ninguém jamais a tinha visto, para efetuar , em um primeiro e único teste, um voo magnífico de cerca de 2 mil metros em 1min 46seg.
Essa façanha não foi um sucesso, mas sim um triunfo. Assim que o grande pássaro branco, obediente à mão de quem o controlava, pousou graciosamente a um ponto cerca de 20 metros de onde decolara, o entusiasmo da assistência que tinha acompanhado tudo com uma emoção crescente – a mesma que contagia todos em um  grande espetáculo, no caso do homem e sua máquina em um voo soberbo – se tornou um frenesi.(...)Imediatamente, obedecendo às manobras de seu piloto, o aeroplano sobe, estável, harmonioso, soberbo, a uma altura de 15 metros. Então por duas vezes, sem qualquer falha, num desempenho de incomparável correção, executa a volta ao hipódromo, para então pousar suavemente, um verdadeiro pássaro, a 20 metros de onde decolara.(...)É verdade que esta não foi a primeira vez que o homem deixou o solo em uma máquina mais pesada que o ar, mas a experiência de ontem restabelece a verdade histórica e repara uma injustiça. Até aqui se atribuía à Santos Dumont – que continua com o mérito – a honra do primeiro voo, em um teste que fez em setembro de 1906 no campo de Bagatelle em Paris.Ora, os primeiros voos dos irmãos Wright datam de 1901 (...) que apesar de confirmados por uma testemunha, cuja competência e o caráter já seriam garantia suficientes, o sr. Chanute, um mestre da aviação, professor em Chicago, eles não conseguiram nada mais que incredulidade na Europa e até mesmo nos Estados Unidos. São tratados como vigaristas e classificados como “blefadores”, enquanto se esforçam nas negociações para a venda de seus aparelhos, tanto no novo como no velho mundo, a preços elevados(...)Em 1905 os franceses tentaram negociar a compra de  aparelhos dos Wright e conseguiram um contrato de opção assinado pelos srs. Forydice, Henri Letellier e Desouches. (...) O governo francês então entrou no jogo e o ministro da Guerra Sr. Etienne envia uma missão para a América, oferecendo aos Wright 600 mil francos por sua invenção desde que executasse um voo de 50 km a 300 metros de altura. Os Wright recusaram.(...) Em abril de 1908 o Sr. Lazare Weiller, um famoso industrial francês, entrou em negociações com os Wright, oferecendo a eles 500 mil francos pelo avião, se, até o final daquele ano, eles voassem 50 km em linha reta, com duas pessoas a bordo.O teste de ontem mostrou que o aeroplano dos Wright vai satisfazer tal condição. (...) Seu aparelho possui um motor de quatro cilindros, 27 HP e pesa com duas pessoas, 550 kg.(...) Quem diria que eles foram chamados de “blefadores”!Franz Reichel
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Paris Journal
5 de setembro de 1908


Onde nasceu a aviação?Na França.Os irmãos Voisin defendem a causa do gênio nacionalSem querer diminuir em nada o mérito dos aviadores de Daytona, nós nos permitimos chamar a sua atenção que a aviação francesa não nasceu unicamente de suas experiências e se criticamos alguns detalhes em seus testes, raros, é porque o gênio francês colaborou com eles em grande parte.A história do voo mecânico começa, na realidade, com as pesquisas de Mouillard e Penaud. (...) Ader obteve do governo francês a subvenção necessária à suas pesquisas e construiu uma nova máquina  chamada “Avion” que foi testada em 1898 no campo de Svoy onde voou por 200 metros (...) Essa vitória, a primeira da aviação, é uma vitória francesa (...)A aviação nasceu na França, foi na França que Chanute, o grande precursor dos Wright, adquiriu  os elementos deste admirável aparelho com o qual os Wright aprenderam a voar.Foi na França que Ader realizou o primeiro voo mecênico e ainda é na França onde está o cérebro do movimento científico atual, de forma indiscutível. (...)A aviação é uma descoberta francesa (...) O primeiro pássaro mecânico que conseguiu sair do solo foi de concepção e construção francesas.(...)Nós defendemos os Wright depois de suas experiências. Mas, declaramos também que a aviação francesa ainda é vitoriosa, e é a nós, franceses, e somente a nós, que, diante da história,  deve pertencer a glória de ter criado o primeiro aeroplano que pode voar,Gabril e Charles Voisin

E não é que esqueceram do Brasil e de Santos Dumont?
Como disse, são mais de mil recortes de jornais no link acima da Biblioteca do Congresso Americano. Vá lá para conferir como Santos Dumont passou a ser visto depois de 1908, quando os Wright conquistaram o mundo com seu aparelho.

Para não deixar a ocasião passar, o vídeo abaixo é explicativo sobre a farsa de Dumont.
14_bis from L Valentin on Vimeo.
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O espaço abaixo está reservado às provas que o Sr. ████ conseguir. Vamos aguardar.



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