O Problema dos Marinheiros
L. Vallejo
1995
No livro “O Homem Que Calculava” de Malba Tahan, aparece o seguinte problema que vamos resumir agora:
Três
marinheiros recebem como prêmio uma quantia em moedas. Essas moedas estão num
saco que são guardadas em uma caixa pelo Capitão. Este avisa que vai
distribuí-las no outro dia em partes iguais entre os três marinheiros.
Anoitece
e o primeiro marinheiro pensa assim:
“vou garantir a minha parte agora”. E vai até onde estão as moedas e as
divide em três partes iguais. Ao fazer a
divisão verifica que sobrou uma moeda, que ele descarta jogando-a no mar. Pega
uma parte e deixa o restante na caixa. Mais
tarde, o segundo marinheiro também pensa da mesma forma e vai até a caixa
divide seu conteúdo em três partes iguais e verifica que sobrou uma moeda, a
qual ele joga no mar. Pega a sua parte e vai embora. No meio da noite, o terceiro marinheiro tem
também a mesma ideia e acontece a mesma coisa: chegando lá ao fazer a divisão em três partes iguais vê que sobrou uma
moedinha, a joga no mar, pega a sua parte e vai embora.
De
manhã, o capitão faz a divisão: Pega o
que está na caixa divide em três partes iguais e vê que sobrou uma moedinha,
que ele põe no seu bolso. Então dá a cada marinheiro uma parte do que foi
dividido.
Sabendo-se
que a quantidade inicial de moedas estava entre 200 e 300 pergunta-se com
quantas moedas ficou cada marinheiro e qual era a quantidade de moedas inicial.
No livro, o calculista apresenta a resposta imediatamente, sem informar como se chegou até ela. Agora vamos mostrar a solução desse problema que é bastante interessante por demandar não só noções de cálculo como também de raciocínio e conclusões lógicas.
Primeira Parte: O uso do cálculo
Vamos chamar de x a quantidade inicial de moedas do prêmio e de y a parte que coube a cada marinheiro dada pelo capitão do navio.
Acompanhando a operação de cada personagem temos: